Artigo: E o super rodotrem, vai pegar? por João B. Dominici*

Publicado em
06 de Dezembro de 2017
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Vista com ceticismo por muitos e considerada um exagero por outros, a combinação de veículo de carga (CVC), apelidada de super rodotrem, começa a sair do papel e, logo logo, vai estar definitivamente incorporada à paisagem (principalmente) rural brasileira.

Para quem não se debruçou ainda sobre o assunto o super rodotrem é uma CVC com Peso Bruto Total Combinado entre 74 e 91 toneladas, altura até 4,4 metros, comprimento mínimo entre 28 e 30 metros e distribuição de peso conforme figura abaixo:

Ele representa uma alternativa para diversos segmentos, em especial, do agronegócio, para garantir a viabilidade de diversas atividades produtivas, em especial da produção de álcool.

Representa também o esforço para garantir a viabilidade desses segmentos sem graves prejuízos para a infraestrutura e para a segurança viária, inclusive com a redução/eliminação do excesso de peso.

Reação em cadeia

A viabilização e regulamentação do super rodotrem precisou também de forte envolvimento da indústria de implementos rodoviários, que passava por um processo de quase letargia com os longos anos de crise. A Randon, para citar um exemplo, fala em investimentos da ordem de 25 milhões de Reais para o desenvolvimento de veículos mais leves e, ao mesmo tempo, mais resistentes.

Para aqueles mais desconfiados e que acham que o aparecimento desses veículos pode aprofundar o problema de conservação e manutenção das nossas estradas é bom deixar claro que a legislação obriga as empresas interessadas, para obtenção das autorizações especiais, para trânsito desses veículos, ao atendimento a uma grande quantidade de requisitos, dentre eles, a necessidade de estudos de Viabilidade de Tráfego, assim como  de Análises da Capacidade de Suporte dos Pavimentos e da Capacidade Estrutural das Obras-de-arte Correntes e Especiais.

Essas exigências, fundamentais, não só para a preservação da infraestrutura viária, mas também para a plena segurança das operações com essas composições, vai servir também para movimentar um outro segmento que anda meio devagar que é o das empresas de engenharia especializadas em estudos de viabilidade.

Você deve estar se perguntando: com tantas exigências e custos para viabilização da sua operação, será que vai valer a pena investir no super rodotrem? Não tenha dúvida disso. Os estudos de viabilidade econômica apontam que os resultados iniciais do uso dessas novas composições são tão expressivos que justificam até intervenções viárias, como construção de acessos e reforço estrutural de pontes e pavimento.

As economias mais sensíveis resultam da redução de três fatores de custos com alta relevância no segmento: motoristas, diesel e aquisição de equipamentos

É fundamental, no entanto, planejamento e projeto bem conduzidos e que observem plenamente a Resolução 663/17. 

Quer saber mais sobre esse assunto: mande um e-mail para [email protected] 

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