Energia eólica: implantação de parques ameaçados

Publicado em
16 de Junho de 2016
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A restrição de peso em pontes e viadutos nas principais rodovias federais do estado da Bahia põe em risco a continuidade de construção de diversos parques eólicos em estados da região Nordeste.

O problema ocorre nas BRs 101, 116, 324 e 407 e afeta principalmente o transporte do componente conhecido como nacele que é um compartimento instalado no alto da torre dos aero geradores eólicos, que abriga todos os componentes essenciais para a produção de energia e começou a ser sentido acerca de 15 dias pelas transportadoras, depois que a área de engenharia da Superintendência do DNIT, na Bahia começou a negar viabilidade a todos os transportes com PBT acima de 74 toneladas.

Como as naceles apresentam só de peso líquido entre 80 e 100 toneladas, o PBT do conjunto transportador chega a valores próximos de 120 toneladas, o que tem determinado, sob a alegação de que algumas pontes e viadutos apresentam-se em estado crítico de manutenção e conservação, a decretação da inviabilidade do transporte dessas cargas.

Essa medida foi recebida com surpresa pelas diversas transportadoras envolvidas com o transporte desse tipo de carga, porque pode, por falta de alternativas, ameaçar a continuidade da construção de diversos parques eólicos e, ao mesmo tempo, aprofundar a crise vivida pelo setor de transportes especiais, que opera com menos de 30% da capacidade instalada, já teve que demitir mais de 40% da mão de obra especializada e teme pela sobrevivência da maioria das empresas.

O problema já foi levado à diretoria de infraestrutura e à coordenação geral de operações do DNIT, informa João Batista Dominici, vice-presidente executivo do Sindipesa, entidade que representa as empresas de transporte de cargas especiais.

“Estamos aguardando uma posição do DNIT no sentido de rapidamente restabelecer o fluxo dessas cargas, através das rodovias federais da Bahia, uma vez que acreditamos que boa parte das obras ora inviabilizadas para o transporte dessas cargas, que continuam liberadas para o tráfego de veículos pesados, também apresentam condições estruturais para o transporte das naceles e demais cargas especiais”, conclui Dominici.

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