Energia eólica se expande, mas tem atrasos em linhas de transmissão

Publicado em
23 de Janeiro de 2015
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Capacidade de produção de energia eólica dobrou em 2014. Segundo Aneel, 60% das obras das linhas de transmissão estão atrasadas.

 

Os problemas e os desafios do setor elétrico. Usinas eólicas vivem um momento de expansão. Só que energia do vento poderia ser muito mais útil, se as linhas de transmissão estivessem funcionando.

Se falta água para as hidroelétricas, os ventos sopram a favor das usinas eólicas. A capacidade de produção dobrou no ano passado, com a entrada de novos parques como o do Alto Sertão, no interior da Bahia. A geração passou de 2.211 para 4.953 megawatts.

Segundo especialistas, o potencial eólico brasileiro é suficiente para produzir toda a energia consumida hoje no país. Mas atualmente apenas 4% do total vêm de usinas eólicas. Uma realidade que deve mudar nos próximos anos com a conclusão de novos investimentos previstos para o Nordeste.

A previsão é de que, até 2018, as usinas eólicas respondam por 10% do total da energia produzida no país. Só o BNDES vai financiar 22 novos parques em 2015, no valor de R$ 1,7 bilhão.

Os especialistas lembram que a energia eólica, além de mais barata, é uma das mais limpas. O grande desafio é adequar as linhas de transmissão. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, 60% das obras estão atrasadas e podem prejudicar a produção das novas usinas.

“Não adianta você ter uma linha de transmissão sem ter nenhuma produção de energia. Mas também nós temos a notícia do inverso. Parque eólicas prontos sem poder gerar energia, por que não tinham linhas de transmissão concluídas”, afirma consultor de energia eólica Jurandir Picanço.

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