Aumenta número de roubo de cargas em 2013

Publicado em
17 de Dezembro de 2014
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Região sudeste concentra os maiores números de casos registrados no país

De acordo com levantamento realizado pela assessoria de segurança da NTC&Logística (Associação Nacional dos Transportadores de Carga & Logística), coordenada pelo Coronel Paulo Roberto de Souza, o número de ocorrências de roubo de cargas em 2013 aumentou 5,5% em relação ao ano anterior, registrando 15,2 mil casos e um prejuízo de R$ 1 bilhão para o setor. Este número é o maior dos últimos dezesseis anos, segundo dados da entidade. A região Sudeste teve o maior registro, com 81,29% dos casos, sendo que os Estados de São Paulo (52,5%) e Rio de Janeiro (23,3%) tiveram mais incidências.

Segundo Souza, São Paulo concentra dois perfis de roubos de carga, os realizados pelo crime organizado, com quadrilhas especializadas que contam com o apoio de grandes receptadores e priorizam o roubo de equipamentos eletrônicos, produtos farmacêuticos e pneus; e os chamados roubos de oportunidade (ou pequenos delitos) que têm por alvo os veículos de entrega urbana de carga, de menor volume e valor, representando 80% dos casos registrados.

“O maior problema do setor é a legislação branda para os criminosos envolvidos no roubo de cargas. Pela lei 12.403/2011, que modificou o Código Penal, esse crime é considerado de menor potencial ofensivo, situação em que o acusado é indiciado, paga fiança e espera o processo em liberdade. No novo Código Penal, que tramita no Congresso Nacional, estamos trabalhando para agravar a pena desse tipo de crime”, explica o coordenador do estudo.

Em âmbito regional, alguns estados já estão tomando medidas contra o roubo de cargas, como é o caso de São Paulo, que neste ano aprovou a Lei Estadual nº 15.315/2014 que estabelece a cassação da eficácia da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS das empresas que tiverem em seus estoques algum item oriundo de carga roubada. Também nos estados de Goiás e Paraná, já há legislações similares.

Os números divulgados foram calculados pela NTC&Logística com base nos dados informados pelas Secretarias de Segurança dos Estados, empresas do mercado segurador, gerenciadoras de riscos, transportadoras e outras fontes.

O estudo apresenta, também, um comparativo desde 2008, que pode ser acessado no link .

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