Por outro lado, a infraestrutura é considerada um dos fatores positivos para o setor no ano que vem, tanto pelos investimentos privados, por meio das concessões, quanto da parcela pública
O crescimento do setor de construção civil está sendo freado, principalmente, pela desaceleração do mercado imobiliário.
O desempenho esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria da construção, neste ano, é de estabilidade a crescimento de 0,5% em relação a 2013, de acordo com projeções do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada ontem. A estimativa anterior era de aumento de 1% no PIB do setor em 2014.
É esperada leve queda de 0,3% no emprego com carteira assinada do setor neste ano, mas a retração deve chegar a 1,5% se considerado somente o segmento imobiliário.
As atividades do mercado imobiliário refletiram a fase de conclusão das obras dos empreendimentos lançados no período de mais aquecimento e a queda ocorrida nos últimos anos em lançamentos e vendas.
De acordo com o Sinduscon-SP e a FGV, para a produção de insumos de construção, a perspectiva é de redução acima de 5% do PIB em 2014, e não se espera crescimento no comércio de materiais. A produção física de materiais é o critério utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir o desempenho da construção.
Para o ano que vem, a expectativa é que haja estabilidade do PIB da indústria da construção. O Sinduscon-SP e a FGV projetam retração de 2% no emprego formal do setor em 2015, queda de 1,5% na produção de insumos e redução nas vendas do comércio de materiais. Há perspectiva de continuidade dos ajustes no mercado imobiliário e se espera menor expansão da renda e consumo das famílias.
Por outro lado, a infraestrutura é considerada um dos fatores positivos para o setor no ano que vem, tanto pelos investimentos privados, por meio das concessões, quanto da parcela pública.