Solução segura para manutenção dos pesados

Publicado em
21 de Agosto de 2014
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Atualmente, toda e qualquer empresa tem, entre seus focos principais, grande preocupação com o colaborador, principalmente no que tange a segurança no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2013 o Brasil ocupava o quarto lugar com maiores índices de acidentes fatais, um número que chama atenção e é de grande preocupação para toda a indústria.

Sendo assim, a prevenção é sempre o melhor remédio. E no mercado de manutenção de veículos pesados a preocupação é das maiores, pois qualquer pequeno acidente pode se tornar grave e de grandes proporções. Para a manutenção desses veículos, o setor tem à sua disposição a recente tecnologia de elevadores, presente no Brasil há menos de uma década. Esses equipamentos chegaram como uma alternativa às tradicionais valetas, amplamente utilizadas no mercado nacional de manutenção de ônibus, caminhões e carretas, que apresentam altos riscos de acidentes fatais.

De acordo com indicações do mercado, a média de acidentes envolvendo valetas é de cerca de um a cada 120 dias, com ou sem afastamento. Se tomarmos como base esse número, podemos considerar que as valetas são responsáveis por pelo menos três acidentes por ano em uma empresa de ônibus. Como temos cerca de 390 empresas de ônibus somente no município de São Paulo, estamos falando de aproximadamente 1,2 mil acidentes por ano causados por valetas somente nessa cidade.

Como a altura da valeta é fixa, assim como sua largura, é preciso que o funcionário se adapte à estrutura para realizar seu trabalho, como subir em uma caixa, arrastar-se para debaixo do veículo, o que deixa desconfortável, de mau jeito ou espremido entre o espaço que tem para operar. Além disso, mesmo quando não estão em uso, essas valas geralmente não são cobertas, gerando risco de queda tanto do veículo que está sendo manobrado quanto da equipe de manutenção. Podemos também citar risco de explosões, torções, quedas de peças pesadas e muitos outros.

Segundo estudo desenvolvido por agentes da Inspeção do Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho no Estado da Bahia, 68,2% das garagens inspecionadas na cidade de Salvador (BA) apresentaram alguma irregularidade relacionada com a valeta de serviços, especialmente a falta de guia para os pneus e o não isolamento quando não estão sendo utilizadas.

Contudo, a boa notícia é que algumas garagens que realizam manutenção nesses tipos de veículos vêm inovando em seus espaços com tecnologia: as valetas, aos poucos, estão sendo substituídas pelos elevadores hidráulicos, mais seguros e com um custo-benefício maior, uma vez que se houverem mudanças de garagem, esse equipamento pode ser transportado para um novo local.

Quando falamos em questões de segurança, o sistema dos elevadores permite que o operador selecione a altura mais adequada, evitando assim riscos de queda. Os equipamentos com tecnologia hidráulica normalmente dispõem de dois sistemas de segurança: um de bloqueio hidráulico, que utiliza uma válvula de fluxo único, impedindo que o óleo retorne do cilindro sem a abertura do circuito de descida e uma trava mecânica metálica acionada por gravidade, a prova de falha, que só destrava durante a elevação ou descida manual do veículo.

Atualmente existe uma ampla gama de elevador para veículos no mercado, como as plataformas em paralelogramo, elevadores de colunas fixas e elevadores de colunas móveis. Essa última, devido à sua praticidade, flexibilidade e excelente relação custo-benefício, representa cerca de 65% da parcela desse mercado.

Nos últimos anos foi possível observar uma mudança cultural. Executivos de garagens, oficinas e linhas de produção buscam cada vez mais novas tecnologias que lhes tragam segurança e outros benefícios e os elevadores de veículos pesados têm se mostrado a solução mais indicada. Porém, ainda assim, o mercado tem se movido a passos lentos, aumentando a cada dia as chances de graves acidentes.

Não vamos esperar que algo grave aconteça e que a mudança torne-se obrigatória. A novidade está disponível para o executivo que deseja benefícios tanto para a empresa (praticidade, flexibilidade e custo-benefício), quanto para seu funcionário, como segurança e ergonomia.

*Rogério de Amorim Moro é diretor comercial da Stertil Koni

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