Preço do frete de grãos para Paranaguá caiu 5,8% em 2014

Publicado em
21 de Agosto de 2014
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Em outras regiões do País queda chegou a ser mais acentuada; oferta e agilidade maior no Porto estão entre as causas

O preço médio do frete de cargas, especialmente de grãos, para o Porto de Paranaguá caiu 5,8% neste ano quando comparado ao pago na safra do ano passado. Em 2013, o frete a partir do Norte do Estado chegou a R$ 91 a tonelada transportada. Neste ano, o valor médio ficou em R$ 85. “É questão de mercado”, explica o diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), Ítalo Lonni.

São vários fatores que provocaram esta queda. Além da própria economia que não vai bem, tem ainda a questão da maior agilidade no Porto de Paranaguá, que nos últimos anos acabou com as famosas filas de caminhões para descarregar. “No passado, a mesma frota de caminhões faria duas viagens por semana para o Porto. Hoje, faz 3,5 viagens. Com maior oferta de transporte, cai o preço do frete”, continua Lonni.

Atualmente, a espera máxima na fila do Porto é de seis horas, mas Lonni lembra do tempo em que os caminhoneiros ficavam até dias na estrada esperando. O diretor do Setcepar lembra que mesmo aumentando o giro dos caminhões, o caminhoneiro ou empresário acabam com perdas, já que os insumos, como o diesel, sobe todo o ano. “Não está muito animador, mas isso não é um luxo do setor apenas”.

Nacional — A queda do preço do frete no Paraná, contudo, é bem menor do que em outras regiões do País que escoma para o Porto de Santos, por exemplo, onde a diferença entre o que é pago neste ano e no ano passado chegou a 40% no Mato Grosso.

Ainda há a questão da sazonalidade da produção e também do preço, como o do milho, que esperava até ontem o leilão de Prêmio Equalizador pago ao Produtor Rural (Pepro), realizado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que comercializou 898 mil toneladas de milho. A quantidade representa 85,5% do total ofertado, que foi de 1,05 milhão de toneladas. O valor total do prêmio a ser pago aos produtores rurais ou cooperativas arrematantes que comprovarem o escoamento do produto para os locais indicados no edital será de mais de R$ 29,1 milhões. Agora é esperar como o mercado vai reagir.

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