“Nos casos em que os estudos técnicos comprovarem a inviabilidade da aplicabilidade do item, estes serão submetidos para deliberação do Contran”, diz a resolução.

“Os estudos sobre novos sistemas de segurança nos veículos certamente concluirão pela adoção de muitas tecnologias já empregadas em países mais desenvolvidos, com objetivo de reduzir os mortos e feridos no trânsito”, afirma o engenheiro mecânico da TRS de Curitiba, Rubem Penteado de Melo.

Segundo ele, os prazos dados pela resolução são coerentes porque os estudos vão requerer um aprofundamento na adequação dessas tecnologias aos veículos e estradas do Brasil.

“Brasileiros estão acostumados a criticar tudo que vem de Brasília. Muitas vezes sem ao menos ler o assunto. Este caso, de fato, é uma oportunidade de eliminarmos o eterno ‘delay’ (atraso) dos nossos veículos em relação aos dos países mais desenvolvidos. Afinal, a vida de um brasileiro vale tanto quanto a de um europeu”, ressalta.

Ele lembra que apenas “muitos anos” após a Europa é que o Brasil adotou o freio ABS em 2014. “A inclusão dessa tecnologia é importante para redução dos capotamentos dos veículos”, destaca. “Dessa forma, com a renovação da frota, mesmo que lenta, passaremos a ter, ao longo dos anos, veículos mais seguros em nossas estradas”, complementa.

Em nota publicada em seu site, o www.anfavea.com.br, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) diz apoiar a resolução. “A resolução 717 é fruto da discussão de diversos entes envolvidos no desenvolvimento da segurança veicular e garante previsibilidade para as empresas, que poderão conhecer os itens estudados e programar investimentos quando a respectiva implementação for estabelecida”, afirma o presidente da entidade, Antonio Megale.

Ele considera que as resoluções 717 e 716 (que torna obrigatória a inspeção veicular em todos os Estados) (http://cargapesada.com.br/2017/12/11/estados-tem-de-implantar-inspecao-veicular-ate-o-fim-de-2018/) “representam importantes pilares de política automotiva”.