Caminhoneiros fazem protesto contra aumento de impostos sobre combustíveis

Publicado em
02 de Agosto de 2017
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Houve registro de manifestações em diversos pontos das rodovias mineiras.

Caminhoneiros iniciaram manifestação na madrugada desta terça-feira (1º) no km 361 da BR-381, em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais. Eles bloquearam uma das pistas com fogo e impediram a passagem de veículos de carga, exceto cargas vivas e perecíveis, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O trânsito foi totalmente liberado por volta das 14h30. O protesto fez parte da greve nacional dos transportadores de cargas contra o aumento dos combustíveis.

Durante a manifestação, a rodovia ficou liberada para a passagem de carros e ônibus. O policiamento não informou qual categoria de caminhoneiro protestou neste trecho.

Já em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo aderiram à greve nacional, mas não houve impedimento em estradas.

Segundo o Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), cerca de 1,2 mil caminhões estão sem rodar nesta terça-feira (1º). Com isso, conforme a entidade, não está sendo feito o carregamento de caminhões para o abastecimento de postos de gasolina e aeroportos.

Segundo a PRF, também houve manifestação na BR-050, em Uberlândia, na Região do Triângulo. Caminhoneiros também impediram a passagem de veículos de carga em pontos da BR-040, em Belo Horizonte, em Barbacena, Congonhas, Conselheiro Lafaiete e Sete Lagoas, na Região Central, e em Paracatu, na Região Noroeste. 

A polícia registrou ainda atos na Fernão Dias, em Igarapé, na Grande BH, e em Oliveira, no Centro-Oeste; na BR-251, em Francisco Sá, no Norte de Minas; na BR-262, em Igaratinga, no Centro-Oeste, e na BR-365, em Patrocínio, no Alto Paranaíba.

No último dia 20, o governo anunciou um decreto aumentando a alíquota do PIS e Cofins sobre os combustíveis. A tributação sobre a gasolina subiu R$ 0,41 por litro; a do diesel, R$ 0,21; e a do etanol, R$ 0,20 por litro.

Transportadores de combustíveis

De acordo com o Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo aderiram em massa ao movimento. A paralisação, por tempo indeterminado, é em protesto contra o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis, decretado recentemente pelo governo federal.
"Assim como nos demais segmentos, entre os transportadores de combustíveis e de derivados petróleo o sentimento é de indignação com relação ao descaso com que o setor vem sendo tratado pelos governantes. Os transportadores não suportam mais os altos custos dos insumos que incidem sobre o frete, principalmente do diesel. Portanto, a adesão à paralisação deve ser total", avalia o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.

Para ele, o decreto representa para os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo mais um duro golpe. Gomes disse que em reunião com representantes dos transportadores de todo o Brasil, chegou-se à conclusão de que a paralisação nacional é a saída que restou aos transportadores, de todos os segmentos, para pressionar o governo a revogar a medida.

Decreto

O decreto que aumentou a alíquota do PIS e Cofins chegou a ser suspenso por decisão de um juiz da 20ª Vara Federal de Brasília em 25 de julho. A Advocacia Geral da União recorreu e, no dia seguinte, o Tribunal Regional Federal (TRF-1) anulou a decisão que suspendia o aumento.

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