Presidente do SETCESP alerta sobre risco de fechamento de transportadoras após aumento no preço do óleo diesel

Publicado em
09 de Dezembro de 2016
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Tayguara Helou, presidente do SETCESP, afirma que crise econômica do país aliada ao recente repasse de 9,5% no preço do óleo diesel pode ser fatal para empresas do setor de transporte de cargas
 
Diferente do que ocorreu na última revisão dos preços dos combustíveis, há menos de um mês, quando o preço do óleo diesel na refinaria foi reduzido em 10,4%, mas os ganhos se diluíram entre a distribuição e revenda de combustíveis, dessa a vez, o aumento no combustível provavelmente será sentido no bolso dos transportadores.
 
O motivo para essa expectativa se baseia no anúncio da Petrobras da última segunda-feira, 5, no qual a companhia comunicou o reajuste do preço do litro do óleo diesel em 9,5%, em média na refinaria, ou de R$ 0,17 na bomba, se repassado integralmente para os consumidores.
Para o presidente do SETCESP, Tayguara Helou, o aumento é inoportuno, pois não leva em conta a redução anterior do preço: “Quando houve a diminuição dos valores de combustível, essas variações efetivamente não chegaram aos postos de gasolina, aos transportadores e ao consumidor final, ou seja, houve a redução, mas o consumidor final não a sentiu”, afirma.
 
O recente aumento, somado a não repasse no abatimento do preço nos postos de gasolina, interfere diretamente nos custos do setor de transportes de cargas, visto que os encargos com o óleo diesel representam de 25% a 30% nas despesas médias das transportadoras.
Segundo Helou, a crise econômica que atinge o país, em conjunto com o aumento no preço do combustível, pode impactar financeiramente nas empresas do setor, levando-as ao fechamento:
 
“O SETCESP é totalmente contra o aumento do combustível no país, porque passamos por um dos piores cenários econômicos da história do nosso país. Além disso, por ser um dos itens mais onerosos na planilha de custo das transportadoras, este aumento enterraria definitivamente diversas empresas do setor, não é justo aumentar o preço agora se não houve a redução no passado recente”.
 
Ainda de acordo com Helou, a expectativa é que a entidade interceda junto ao governo e a Petrobrás para que o preço do óleo diesel seja revisto para baixo.

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