Após meses de retração, mercado de máquinas agrícolas começa a reagir

Publicado em
22 de Julho de 2016
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As vendas de máquinas agrícolas aumentaram 16,44% em junho na comparação a maio, produção cresceu 10,38% no período

A produção e as vendas de máquinas agrícolas tiveram em junho o melhor resultado de 2016, trazendo um pouco de otimismo ao setor.

Dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam que foram comercializadas 3.880 unidades em junho, 16,44% superior a maio.

Na comparação ao mesmo mês de 2015, houve retração de 8%. Na produção, foram 4,2 mil unidades em junho, crescimento de 10,38% sobre o mês de maio e aumento de 26,8% em relação a junho de 2015.

Segundo Cláudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), a alta no mês foi influenciada pelo preço das commodities.

“A instabilidade política e econômica fez com que o agricultor segurasse os investimentos no semestre, em anos normais ele já teria comprado”, constata Bier.

Apesar da melhora tímida e do segundo semestre ser historicamente melhor do que o primeiro, Bier acredita que os números não alcançarão os registrados no ano passado.

“Nada que gere pessimismo entre os fabricantes do setor, que comemoram cada pequena elevação, visto que o momento é de retração na economia brasileira.”

A expectativa da indústria é que os recursos da principal linha – o Moderfrota – sejam suficientes.

A percepção de melhora é compartilhada por Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Ele acredita que os números de vendas em 2016 ficarão próximos aos de 2015 — 42.737 unidades, queda de 30% sobre 2014.

“Acredito que haverá uma estabilização no setor e ano que vem os produtores devem voltar a comprar”, prevê Bastos.

Na contramão, Antonio Megale, presidente da Anfavea, espera queda em relação ao ano passado. Ele estima queda de 15,5% nas vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias (incluindo retroescavadeiras) e de 16,4% na produção, que deve encerrar 2016 com 46,2 mil unidades fabricadas, contra 55.262 no ano passado.

O setor terá muito trabalho pela frente, visto que até o momento a retração é superior a 30% na comercialização.

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