Empresas do setor eletroeletrônico voltarão a investir a partir de 2017

Publicado em
25 de Maio de 2016
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Sondagem realizada pela Abinee identificou que 71% das empresas do setor eletroeletrônico suspenderam investimentos em aumento da capacidade produtiva até abril de 2016. Deste total, entretanto, 7% ainda pretendem investir este ano; 43%, a partir de 2017; 33%, a partir de 2018 e 17% não têm intenção em realizar novos investimentos nos próximos anos.

Das 29% das entrevistadas que mantiveram seus planos de investimentos, 73% indicaram que os resultados desse aporte de recursos devem ocorrer ainda este ano. Para 23%, os efeitos devem ser percebidos a partir de 2017; e para 4%, a partir de 2018.

Mês de abril

Na Sondagem de abril de 2016 aumentou o percentual de empresas que verificou queda nas vendas/encomendas em relação ao igual mês do ano passado, passando de 54% na pesquisa de março para 57%. Ao mesmo tempo, as indicações de crescimento caíram de 29% para 23%.

Veja a Sondagem completa

Para Abinee, infraestrutura e segurança jurídica devem ser prioridades

A Abinee espera que o fim do impasse político - com o afastamento da presidente Dilma Rousseff - e a posse do novo governo tragam ânimo renovado para a conjuntura econômica que paralisou o País, prejudicando sensivelmente o setor industrial. As primeiras medidas a serem adotadas devem priorizar o resgate da confiança na economia, mostrando que o Brasil é viável para se produzir. Entre as prioridades estão a infraestrutura, a partir da ampliação das concessões para o setor privado, e a segurança jurídica que garanta a previsibilidade das regras.

A entidade acredita que o governo de Michel Temer conseguirá congregar o apoio necessário para a implantação de reformas, principalmente, aquelas que busquem a criação de um ambiente mais favorável na economia e que promovam a eficiência do Estado (corte de gastos correntes e melhor gestão dos recursos), além da racionalização e da simplificação do sistema tributário.

Agenda para a crise

A indústria tem uma agenda definida para o Brasil sair da crise. Entre as iniciativas imediatas, de baixo impacto fiscal e que dependem principalmente da decisão do Poder Executivo, estão: ampliação gradual do prazo de pagamento de impostos; valorização da negociação coletiva com força de lei; redução do depósito compulsório para ampliar o crédito aos consumidores e empresas; restabelecimento do Reintegra com alíquota de 3% e implementação de mecanismos de controle de gastos públicos (fixação de teto).

Número de demissões até março supera previsão da Abinee para o ano

06/05/2016

As indústrias elétricas e eletrônicas fecharam 5,4 mil postos de trabalho no primeiro trimestre de 2016, segundo dados da Abinee com base em informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged). Apenas no mês de março foram extintas 2,8 mil vagas. O desempenho supera a previsão inicial da Abinee que esperava a redução de 4 mil vagas neste ano.

Segundo o presidente da entidade, Humberto Barbato, após fechar 45,5 mil vagas em 2015, a perspectiva era de um declínio sensível no ritmo de demissões em 2016. “Entretanto, com a manutenção da crise política, um período demasiado largo sem indicativos de melhoras, as empresas não tiveram saída”, afirma. Ele acrescenta que é inviável fazer uma nova previsão neste instante, diante da indefinição sobre os rumos econômicos e políticos. “Vai depender muito da confiança que se instale nos diferentes agentes econômicos com as mudanças que vierem a acontecer, e em função do retorno da capacidade de agir do governo. Precisamos superar esta fase interminável de turbulência que paralisou o governo e o país”, diz.

Considerando que nos últimos 12 meses, foram fechados 50 mil postos de trabalho, o número de empregados diretos no setor caiu para 242,6 mil, atingindo patamar próximo de dezembro de 2006, quando a indústria elétrica e eletrônica dispunha de 241 mil trabalhadores diretos.

Número de demissões até março supera previsão da Abinee para o ano

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